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- INVESTIMENTOS SÃO NECESSÁRIOS
Postado Por : CrisPedrino
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Custo? Não, investimento
Especialistas revelam que a TI começa a ser vista como parte estratégica de um negócio. E quem não seguir esse caminho vai sair perdendo
Muitas empresas enxergam a Tecnologia da Informação como custo, não como investimento e, por isso, na hora da crise, a área de TI é uma das que mais sofrem com a redução de orçamentos. Mas será que deixar de lado a Tecnologia é a melhor opção na hora do aperto? Para o diretor de Tecnologia da Infolink, Antonio Carlos Pina, não.
- A primeira saída é repensar o negócio, diversificar, o que não significa ter de abandonar o core business e sim abrir novas frentes de atuação no mercado. E isso pode incluir um investimento em Tecnologia, porque se durante um período de dificuldade a empresa permanece estagnada e deixa de investir, a situação pode piorar – analisa Pina.
Pés no chão
Durante muito tempo, investimentos na área de TI, como aquisição ou desenvolvimento de software, por exemplo, eram vistos como sinônimo de despesa. Este cenário vem mudando e hoje muitas empresas já enxergam a tecnologia como um investimento que deve ser feito para que o negócio possa crescer.
A questão atual não é a importância estratégica da área de TI para o desenvolvimento de uma empresa, mas qual é a prioridade do investimento em novos sistemas em um momento de crise.
- O que norteia a cabeça do empresário brasileiro é a redução de custos, embora ele saiba que, se não investir em tecnologia, as coisas podem dar errado. O que vejo atualmente é que as empresas estão investindo menos, mas baseadas no que acontece na economia. Não se trata de não querer investir – frisa o gerente de Pesquisa do instituto Internet Data Corporation (IDC), Ivair Rodrigues.
Essa postura é resultado de uma série de fatores que afetaram diretamente o Brasil nos últimos anos, como o racionamento de energia, a alta do dólar e a crise na Argentina, e que contribuíram diretamente para o início de uma fase de cautela, que tem se propagado de forma gradativa em boa parte das empresas brasileiras.
O que se nota facilmente é o receio de investir em algo que não dê retorno em curto prazo. Segundo Rodrigues, o empresário brasileiro tem um perfil que difere completamente do norte-americano. Se lá fora eles estão sempre tentando inovar, no Brasil a opção é, muitas vezes, o conservadorismo.
- O americano investe sempre tentando inovar, procurando coisas novas. O gerente de TI no Brasil é mais conservador. Ele observa as soluções que deram certo e estuda a adoção de uma delas. Eu diria que o brasileiro não vê mais a tecnologia como gasto, mas como uma oportunidade – observa.
Tecnologia é a saída?
Em função dessa análise de riscos e do custo-benefício – muito mais visível hoje em dia -, surge uma tendência para que os investimentos sejam feitos em favor de determinados nichos, transformando uma ou outra tecnologia em prioridade durante um determinado período, como ocorre atualmente com o CRM, o ERP e o Wireless, por exemplo. Tudo para fazer com que o investimento em tecnologia resulte, no futuro, em redução de custos.
Outro caminho seguido é a terceirização de serviços, que, para muitas empresas, é uma das formas mais vantajosas de se investir em tecnologia sem afetar o orçamento.
- A vantagem é que uma organização pode passar parte de seus problemas à fornecedora de soluções, contando com um serviço especializado e de menor custo – opina o diretor-executivo da empresa de Segurança da Informação 3Elos, Marcelo Duarte.